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Abro mão da miséria lunática social, para nutrir-me da essência regada pela fantasmagórica poetização mundial, ainda que seja criada apenas por mim.
Interiorana do Estado de São Paulo, faço do meu nicho social, minha revolução.

Kim Walachai

Um café, uma xícara e Eu.

"A EXISTÊNCIA CARACTERIZA O REAL... MAS O SURREAL, NÃO ANULA O QUE DE FATO EXISTE!"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sempre muito tarde


É sempre tarde! Sempre, sempre, muito tarde!
É quando o Sol já se pôs.
Quando o céu já escureceu.
É na chegada do inverno.
É depois que as folhas caíram ao chão, de tão secas.

Sempre, muito, muito tarde!
Depois do rio de lágrimas.
Após a maratona de sentimentos enfurercidos.
Tarde!

Quando não se ouve mais latidos.
Quando as luzes se apagam.
Quando ninguém é de ninguém.
Quando todo mundo grita!
Quando se fere!
Quando dói!
Quando faz doer!

Sempre muito tarde!

Reclama-se!
Num clamor doloroso de se ouvir.
Meio verdadeiro, meio crocodilo.
Amargo e solitário.
Medo e ainda assim, muito tarde!

Arrepende-se, tortura e chora!
Tarde!
Ainda é muito tarde!

Se dá conta de que não se tem, por conta de não controlar o que se pode ser.

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