É quando o Sol já se pôs.
Quando o céu já escureceu.
É na chegada do inverno.
É depois que as folhas caíram ao chão, de tão secas.
Sempre, muito, muito tarde!
Depois do rio de lágrimas.
Após a maratona de sentimentos enfurercidos.
Tarde!
Quando não se ouve mais latidos.
Quando as luzes se apagam.
Quando ninguém é de ninguém.
Quando todo mundo grita!
Quando se fere!
Quando dói!
Quando faz doer!
Sempre muito tarde!
Reclama-se!
Num clamor doloroso de se ouvir.
Meio verdadeiro, meio crocodilo.
Amargo e solitário.
Medo e ainda assim, muito tarde!
Arrepende-se, tortura e chora!
Tarde!
Ainda é muito tarde!
Se dá conta de que não se tem, por conta de não controlar o que se pode ser.
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